Neste Dia das Crianças, a reflexão vai além dos presentes e brincadeiras. Trata-se de um momento oportuno para pensar sobre um dos pilares mais importantes para o desenvolvimento saudável das futuras gerações: o apego seguro entre pais e filhos. Esse vínculo afetivo é fundamental para a saúde emocional das crianças, com repercussões que podem perdurar durante toda a vida. De acordo com especialistas, a ausência desse apego pode gerar consequências significativas na vida adulta, afetando diretamente comportamentos, relacionamentos e a capacidade de lidar com desafios.
“A formação de um apego seguro na infância é essencial para o desenvolvimento emocional das crianças, influenciando suas habilidades sociais, autoestima e resiliência”, afirma Telma Abrahão, biomédica, especialista em neurociências e desenvolvimento infantil, e autora best-seller. “Crianças que têm um vínculo seguro com seus pais ou cuidadores tendem a ser mais confiantes, equilibradas emocionalmente e capazes de formar relacionamentos saudáveis na vida adulta”.
Telma também ressalta os impactos negativos do apego inseguro: “Indivíduos que não tiveram um apego seguro na infância podem crescer com dificuldades de confiar nos outros, medo constante de abandono e uma necessidade exagerada de validação. Isso pode levar a problemas sérios nos relacionamentos e até mesmo ao desenvolvimento de transtornos emocionais”.
Pesquisas, como as realizadas pelo Harvard University’s Center on the Developing Child, reforçam essa visão, apontando que as primeiras experiências de apego são cruciais para o desenvolvimento cerebral. Quando o apego é seguro, as conexões neurais formadas ajudam a moldar comportamentos positivos e a capacidade de autorregulação emocional. Por outro lado, crianças que vivenciam um apego inseguro estão mais propensas a desenvolver respostas de estresse exacerbadas, que podem gerar problemas de saúde mental ao longo da vida.
“A forma como cuidamos das crianças hoje define quem elas serão no futuro. Proporcionar um ambiente acolhedor, onde as crianças se sintam amadas e seguras, é o melhor presente que podemos oferecer. Isso vai muito além do bem-estar emocional e reflete também na saúde física delas”, reforça Abrahão.
Estudos publicados no Journal of Personality and Social Psychology indicam que adultos com histórico de apego inseguro enfrentam maiores dificuldades em manter relacionamentos estáveis e satisfatórios. Além disso, uma revisão científica publicada na American Journal of Psychiatry revela que pessoas que passaram por traumas de apego na infância têm maior propensão a desenvolver transtornos como ansiedade, depressão e até doenças autoimunes, resultado do impacto prolongado do estresse tóxico.
Neste Dia das Crianças, a mensagem é clara: mais do que presentes materiais, as crianças precisam de uma base emocional segura, que as capacite a enfrentar a vida com equilíbrio e confiança. Como conclui Telma Abrahão: “criar um vínculo seguro não apenas molda a infância, mas determina o tipo de adulto que essas crianças se tornarão. O maior presente que podemos dar a elas é a certeza de que estão seguras e amadas, pois isso terá um impacto positivo e de longo prazo em suas vidas. E para aqueles que enfrentaram um apego inseguro na infância, é importante lembrar que a cura é possível, e buscar apoio emocional adequado pode transformar sua relação consigo mesmo e com os outros”.
Telma Abrahão é biomédica, especialista em neurociências e desenvolvimento infantil, autora best-seller e criadora da Educação Neuroconsciente. Dedica-se a ajudar famílias a compreenderem o impacto da infância no comportamento e saúde dos adultos, promovendo educação emocional e prevenção de traumas.
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